Sandra Norak foi prostituta em todos os tipos de bordéis. De dia, de noite, como acompanhante e também nos chamados de “preço fixo”.
Ali, o cliente paga uma entrada e pode fazer sexo até se cansar. Norak mora na Alemanha, o país que em 2002 acabou por liberalizar a prostituição. Durante os seis anos em que exerceu a prostituição, de 2008 a 2014, Norak sofreu os efeitos de uma liberalização considerada na época um marco para os direitos das prostitutas que na verdade também gerou consideráveis desajustes…
“Os homens vão cada vez mais a bordéis porque com a legalização, ir a bordéis tornou-se normal. Com isso, os preços caíram e os clientes cada vez querem mais por menos. Um dia, um homem entrou no bordel e disse que estava em dúvida entre ir ao talho ou investir o seu dinheiro em passar algum tempo connosco. Não nos vêem como pessoas mas sim como pedaços de carne”, confessou em entrevista.
A jovem, de apenas 29 anos de idade, estuda agora Direito e trabalhou quatro semanas num clube com preço fixo durante as férias e ainda mais duas semanas, quando ainda estava na escola. Explica que se o cliente paga por exemplo 140 euros pela entrada, o bordel fica com 70 e os outros 70 são divididos entre as mulheres: “Se o cliente ia sete vezes ao quarto, ganhávamos 10 euros nesse dia”.
Em outros, há ofertas em que por 15 euros se oferece meia hora com uma mulher, mais uma cerveja e uma salsicha.
Ela acredita que é preciso proibir a prostituição. O que viu e o que viveu nos bordéis durante seis anos fez com que deixasse de ter dúvidas.
O que achas do seu ponto de vista?
FONTE: El País