Courtney Whithorn começou a roer as unhas quando estava no ensino básico e sofria bullying nessa altura. Esse seu mecanismo de defesa acabou por se transformar num hábito. Em 2014, a inglesa, que mora em Gold Coast, na Austrália, chegou a arrancar toda a unha de um dos seus polegares.
Logo depois disso, notou que o seu dedo começou a escurecer. Mas acabou por conseguir esconder o problema dos seus pais e dos seus amigos. Eventualmente, em julho desse ano a inglesa, de 20 anos, foi diagnosticada com um tipo de cancro no polegar que tem ligação ao vício de roer unhas e aos traumas por ele provocados…
A estudante universitária foi submetida a quatro cirurgias, de acordo com o que reporta o Sun. Mas nenhuma delas teve o resultado desejado. Foi após uma delas, com um cirurgião plástico em Sydney, que parte do tecido retirado foi enviado para biopsia. O resultado apresentou a presença de um melanoma.
Recentemente, Courtney teve que amputar parte do polegar direito para deter o avanço do cancro.
“Quando descobri que roer unhas era a causa do meu cancro, fiquei despedaçada”, contou a jovem. “Eu mantinha o polegar escondido com o punho fechado, pois não queria que ninguém visse, nem mesmo os meus pais. Até que resolvi mostrar este ano”, acrescentou ela.
Courtney teve que congelar a matrícula na Griffiths University para tratar a doença, sendo que também terá que reaprender a escrever, uma das suas paixões. O vício de roer unhas – associado a quadros de ansiedade, stress e nervosismo – tem nome técnico: onicofagia.