Necoclí, município da região do Urabá, Colômbia, foi durante os anos 80 e 90 uma zona muito perigosa, cenário de vários massacres e mortes muito violentas.
Nesse lugar, em 1988, nasceu Juan Guillermo Cuadrado, entre guerrilhas e narcotraficantes. A vida dele naquele meio não foi nada, mas nada fácil…
Para proteger Cuadrado, uma vez que os disparos estavam na ordem do dia, Guillermo Cuadrado e Marcela Bello, os seus pais, criaram um “jogo” que lhe ensinaram desde pequeno – sempre que ouvia tiros, tinha de ir correr e esconder-se debaixo da cama.
Ora, foi um desses jogos que provavelmente lhe salvou a vida, pois a certo dia quando ouviu disparos fora da sua casa, meteu-se debaixo da cama até acalmar e quando saiu viu a sua mãe num mar de lágrimas e o seu pai deitado no chão, num lago de sangue. Infelizmente, o pai dele faleceu, vítima do fogo cruzado entre dois grupos armados.
A violência não terminou mas ele e a sua mãe tiveram de seguir em frente. Ela retomou os seus estudos e Juan começou a dedicar-se ao futebol. Aos 12 anos, foi elegido para entrar no Deportivo Cali mas a sua estreia profissional só vinha a acontecer no Deportivo Independiente Medellín, no ano de 2008.
Os êxitos seguiram e graças ao seu talento, e também ao apoio da sua mãe, acabou por ser chamado para a Udinese, sendo que em 2010 foi chamado pela primeira vez à seleção colombiana.
Da Udinese passou para o Lecce e para a Fiorentina, e em 2014 participou no Mundial do Brasil. Graças às suas boas atuações, foi contratado pelo Chelsea, onde acabou por ser campeão…
Do Chelsea passou para a Juventus, onde teve bastante sucesso, o que lhe valeu uma chamada para o Mundial da Rússia, no ano corrente. Ele fica feliz por tudo o que lhe aconteceu e especialmente por dar grandes alegrias à sua mãe.
Grande guerreiro!